História da Basilica

Memórias de Canindé –

      Um mergulho no passado viajando pelo tempo

Pesquisa: Júlio Cézar Marques Ferreira Lima



Ereção da capela - Os trabalhos daquela edificação vinham sendo feitos desde o ano de 1775,tendo sido em 1792, por causa de uma grande seca que naquela época assolou a Capitania do Ceará. Em 1795, passando o terrível flagelo que devastou os sertões Cearenses durante três longos anos, voltando a bonança dos tempos,Xavier de Medeiros pode reencetar  a construção da capela que, finalmente, foi verdadeiramente concluída no ano de 1796.



Antiga Matriz de São Francisco das Chagas de Canindé
                           
           

Antigo altar mor da Matriz de São Francisco das Chagas de Canindé
1775 - Francisco Xavier de Medeiros principia, à margem do Canindé, a construção da Igreja de São Francisco das Chagas.
A primeira notícia, embora vaga e sucinta, quanto á igreja de São Francisco das Chagaas de Canindé, relata a sua construção como principiada em 1775 (12), atribuindo-se as obras em geral a Francisco Xavier de Medeiros, sargento-mor português, o qual teria erguido simultâneamente as igrejas de Canindé e Baturité, dedicando a esta o verão e áquela i inverno. Como são parcas as notícias seguras sobre a figura de Medeiros, recorremos aos livros paroquiais, onde consta, aos 7 de Janeiro de 1775, a sua presença na Matriz de São José de Ribamar, na qualidade de testemunha de um Casamento de nubentes Baturitéenses (13). Nada , pois, obsta a que Xavier Medeiros tenha, desde o princípio, dirigido as obras de construção, ás margens do rio Canindé.
12. Sousa Brasil, páqg. 168; Martins pág. 4; Rocha- Santuário pág. 19; Lustosa pág. 53; Lear pág. 5; Leitãonpág. 46. 13. Cas. Rib. N° 321 fl. 11. Fonte Livro Frei Venâncio pág. 16

Outros registros dão conta da presença franciscana nas desobrigas e santas missões, como em 1799 chegou a Canindé Frei Vital da Penha, fez missões e levantou o primeiro cruzeiro em frente á capela milagrosa de São Francisco,( Hélio Pinto pag.23) já Frei Venâncio(pag. 42) fala de um cruzeiro providenciado por Frei Vital em 1797.

 

PAROQUIA DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS DE CANINDÉ


                                      História do Santuário  

Sobre o celebre e bem conhecido Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, alem das notas históricas colecionadas pelo ilustre Cronologista Dr. Barão de Studart, saíram á luz da publicidade também dois pequenos fascículos: um,álbum o titulo Capela Milagrosa, pelo ilustre poeta cearense Álvaro Martins, editado em 1882, esboçando em resumidas paginas os principais fatos históricos do aludido Santuário.
O outro opúsculo, publicado em 1900, intitula-se: Santuário de São Francisco, e devemo-lo á pena do nosso saudoso conterrâneo  Prof. Augusto Rocha, que, que em linguagem fluente, descreve em traços mais amplos os principais acontecimentos sobre a origem da devoção ao glorioso patriarca São Francisco das Chagas,trazendo importantes documentos sobre a administração do mesmo Santuário, desde a sua fundação até á  gestão dos Frades Capuchinhos.
A leitura atenciosa que fizemos nesses dois fascículos, e em algumas notas informativas publicadas abnegado capuchinho Frei Cyrillo de Bergamo, no jornal  Santuário de São Francisco desta cidade, nos animou a  refundir as memórias já existentes, completando-as com outras noticias posteriores, para pública-las no álbum comemorativo do 7° Centenário da Morte de São Francisco, que, confiado na indulgencia dos doutos, resolvemos publicar  este ano, em homenagem ao imortal Patriarca de Assis.
Origens
Canindé, a bela e progressista cidade sertaneja, situada á margem esquerda do Rio do mesmo nome, em 1775, era apenas um simples arraial, onde fora estabelecido anteriormente  uma missão de Índios denominados canindés que, então, povoavam os sertões ocidentais  do aldeamento de Monte-Mór, o Novo da America,  hoje  Município de Baturité. 
Ninguém poderia imaginar que aquele humilde lugarejo, situado no meio do sertão inculto, povoado apenas por algumas fazendas de criadores vindos da ribeira do Jaguaribe, pudesse um dia transforma-se na cidade que hoje se ergue magestosa, atestando a lei da evolução e do progresso; e, depois de um século, nesta terra reclusa nos sertões do ceará, viesse surgir piscina de bênçãos e regeneração espiritual.
Foi portanto, neste lugar modesto e pobre, que o São Francisco de Assis escolheu para espalhar os prodígios de sua caridade e de seu amor á pobreza.
A gloriosa virtude do grande servo de DEUS, quis patentear o poder de sua proteção e misericórdia, fazendo nascer, ali, uma fonte de graça e favores espirituais, impulsionadas pela fé que emana o cristianismo, fator grandioso de progresso humano.
Em 1775, o português Francisco Xavier de Medeiros situou a sua fazenda á margem esquerda do rio Canindé, a pouca distancia do local, onde depois se começou os fundamentos da antiga capela de s. Francisco das chagas. Xavier de Medeiros, que tanto concorreu para o desenvolvimento da colônia, construindo diversas capelas pelos sertões do ceará, nunca imaginou que edificação da aludida capela, fosse destinada pela providencia, a perpetuar pelos séculos futuros o maravilhoso poder de S. Francisco das chagas. Devoto do grande santo patriarca, inspirado, talvez, nos insondáveis designos de DEUS, fez votos de erigir, próximo á sua rústica morada, uma capela consagrada glorioso S. Francisco das chagas.
Ereção da capela - Os trabalhos daquela edificação vinham sendo feitos desde o ano de 1785,tendo sido em 1792, por causa de uma grande seca que naquela época assolou a Capitania do Ceará. Em 1795, passando o terrível flagelo que devastou os sertões Cearenses durante três longos anos, voltando a bonança dos tempos,Xavier de Medeiros pode reencetar  a construção da capela que, finalmente, foi verdadeiramente concluída no ano de 1796. Bem se pode imaginar a consolação que sentiu Xavier de Medeiros ao ver concluída a modesta ermida, em erguendo-se airosa no pequeno arraial, testemunhando o valor da vontade firme que tem a alma fortalecida na fé. Todos os moradores do nascente arraial e das fazendas visinhas, com os corações a transborda de santa alegria, vendo erguida a modesta capelinha dedicada ao Seráfico patriarca de Assis,  atraídos pelos sublimes inspirações de suas crenças cristãs, começaram a elevar suas fervorosas preces ao trono do Altissímo, suplicando a proteção de São Francisco das Chagas, para a nova povoação. Logo aos romeiros anos em que o novo tempo foi aberto a devoção publica quando os devotos abrasados pela fé ardente recorriam a intervenção São Francisco Das Chagas, foram tantos fatos miraculosos e tamanhos a graças concedidas na atraente e já bem frequentada capela de Canindé, que, em breve, a fama desse portento de favores celestiais, se propagou em todo ceara, e transpondo seus limites, já achava também nos estados visinhos. Deste então, tiveram inicio as romarias que, ao aumentando de ano em ano, traziam muitas ajudas ao milagroso santo, enriquecendo bastante seu patrimônio, considerado alguns anos  depois, um dos mais ricos do Estado.
Patrimônio do Santuário - Em 1804, o RVD. PE. João José Vieira, numa prestação de contas  ao Ouvidor Geral da vila do Ceará grande, hoje, cidade de fortaleza, fez menção de  uma légua de terra doada a São Francisco das Chagas, no lugar denominado Salgado, tendo os limites seguintes:  começando de desaguam as águas do Riacho Salgado, no lugar denominado Buqueirão, tendo o pau com o ferro da capela, (cortado violentamente por um tal Tomé Alves.) sua largura principia em um serrote chamado Salgado, que fica meia légua distante da casa da fazenda do mesmo nome: um outro lado, para a parte do Sul, em que fica compreendida uma lagoa, pela estrada que vai para o lugar Batoque; da parte do Oeste e Nascente, com o rio Canindé, pegando da Ipueira da Boa Vista até o lugar chamado Caiçarinha, hoje Barrocas. (Liv. Tombo, pag. 56.) Disto de deduz que a capela de São Francis das Chagas de Canindé, desde a sua inauguração possuía o referido Patrimônio, reconhecidos pelas autoridades competentes. Além das terras acima mencionadas, legalmente demarcadas, em 1787, o capitão Antônio Alves Bezerra fez doação das terras Santa Rosa, hoje São Paulo, como se vê de uma escritura original e de uma publica forma transcrita no Livro de Tombo da Paróquia.   
Em 1801, o rico proprietário Senhor Francisco Rego Barros, doou ao patrimônio de São Francisco, o sitio Araticum ou Brejo,  situando na Serra de Baturité. No ano de 1900, o RVD.Fr. Daivid Dezenzano, admistrador da casa São Francisco, autorizado pelo exmo. Rvdmo. Sr.Bispo Diocesano, comprou ao Sr. Cel. Raimundo José  de Araujo,  o sitio São Sebastião, próximo da vila Mulungu, pela a quantia de 30.000$000 sendo vinte contos em moeda e mais o sitio araticum, como consta da escritura copiada do livro de Tombo.
Pertence ainda ao pratimonio de São Francisco, seis prédios situados na área urbana de Canindé, chamados casa Dos romeiros, por serem reservadas á hospedagem dos romeiros que visitam o santuário. Alem destes bens,existem outros prédios construídos nas administrações posteriores, como sejam: Um bem construído palacete chamado casa dos ex-votos, um vasto edifício  denominado casa de São Francisco, destinado á residência da administração, a localização do Colégio de órfãos e das oficinas de artes; um outro menor, onde está o Colégio de Santa Clara; e mais outros denominados: escola paroquial, banheiros, olaria; e depósitos de capitais, percebendo juros em diversos bancos da praça de Fortaleza.

ADMINISTRAÇÃO DA PARÓQUIA E DO SANTUÁRO DE SÃO FRANCISCO
Não podemos coligir dados precisos que  asseverassem os rendimentos da antiga capela de São Francisco, assim como, a relação nominal de seus administradores no século XVIII.
Em 1804, foi administrador do patrimônio, o Padre João José Vieira, que fez a descrição  ao ouvidor geral procurador de capelas, Luís Manuel de Moura Cabral, em Fortaleza, em tão vila da capitania. Em 1812, Faleceu o Padre Vieira, que  administrou até aquela data. No ano de 1813, do rvd. Padre .. Francisco de Paula Barros, foi nomeado capelão da igreja de São Francisco,  da qual, foi mais tarde o seu primeiro vigário.
Em 1817, o virtuoso Dom Frei Antonio de São José, Bispo de Pernambuco, elevou a capela de São Francisco de Canindé, a Matriz colada, em conformidade ao Alvará Del-rei  D. João VI, de 30 de Outubro daquele mesmo ano, sendo logo feito a nomeação do Vigário. Aquela nomeação foi feita por apresentação da carta Régia de 10 de Junho de 1817, e foi firmada a 01 de Agosto do mesmo ano, tendo sido nomeado Vigário da nova Paróquia o rvd . Padre Francisco de Paula Barros, que já exercia o lugar de capelão da referida Igreja. Neste espinhoso posto, o rvd. Padre Paula Barros, “ Primeiro Vigário desta Paróquia, “ conservou-se muitos anos, trabalhando sempre em prol da nascente Paróquia e do pequeno rebanho   que lhe fora confiado. (Jornal O Santuário de São Francisco, órgão oficial da basílica de Canindé – Ceará – Ano 51 – 1º de fevereiro de 1996, nº 1168)    

AUTORIA DE: FREI. VENANCIO WILLEKE, OFM
A origem histórica dos nossos Santuário nem  sempre consta ao certo. Muitas vezes, as lendas populares substituem os dados rigorosamente históricos. Assim também se dá com o Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, bastando lembrar o caso lendário dos três proprietários que se recusaram a ceder o terreno necessário para a capela do nosso santo taumaturgo.
Quanto á construção da primitiva igreja de São Francisco ás margens do rio Canindé é voz unânime de que Francisco Xavier de Madeiros a principiou em 1775, segundo atesta Tomás Pompeu de Sousa Brasil no 20. volume do “Ensaio Estatístico da  província do Ceará” Seria porém inexato queremos atribuir unicamente a Francisco Xavier de Medeiros a Construção do Santuário e a difusão do culto franciscano excluindo a colaboração dos padres e frades: pois ultimamente foi afirmado que nenhum padre e frade teria tido influência nesse sentido.
Contra tal asserção aduzimos o relatório do Pe. Cláudio Alvares da costa, vigário de Fortaleza em 1812, o qual como testemunha ocultar afirma; “sei na verdade que os povos daqueles distritos deveriam ser gratos aos benefícios que receberam do mesmo religioso que tão indignamente procuram  procurar macular sem razão ou fundamento algum no fim do presente artigo; pois a ele devem e ao falecido Xavier de Medeiros ter a Igreja de São Francisco do Canindé”. Relatório que se encontra no Arquivo público do Estado do Ceará ás folhas 36 v  do  “livro de registro de ofícios do tribunal de desembargo do paço referente aos anos de 1814,a 1819” não declina o nome do religioso, podendo ser tanto o celebre Frei Vital de Franscarolo como também o franciscano Frei José de Monte Falco. Talvez  apareça um pesquisador que procure descobrir o nome do Frade anônimo.
Qanto à origem da devoção a São Francisco das Chagas, consultemos o insuspeito Gustavo Barroso, o qual na sua obra póstuma. “A margem da história do Ceará” lançada em 1962 atribui aos franciscanos um papel importante. Pois, desde 1758, podemos paroquiais de Fortaleza e do livro de entradas na venerável ordem terceira de São Francisco do Recife. Frei Manuel de Santa Maria e São Paulo, Frei Bartolomeu dos Remédios e Frei José de Santa Clara Monte Falco. E no entanto bem possível que a atividade religiosa dos franciscanos na zona canindeense remonte a épocas anteriores,visto que os livros de batizados de Icó, já em 1735, registram a passagem dos Frades menores pelo Ceará. Aparecendo nesse ano o nome de Frei Matias do Rosário; em 1736, o de Frei José da Natividade e em 1741 os os de Frei Manuel do Espírito Santo e de Frei João de São Francisco. Os dados encontrados no livro de batizados de Icó são confirmados pela “histórica de Quixeramobim” magistralmente contada pelo saudoso Ismael por Deus. Pois, o fundador daquela cidade, Antônio Dias Ferreira, já em 1734, entrou na ordem terceira de São Francisco do Recife, recomendando aos seus amigos e fazendeiros vizinhos os esmoleres  franciscanos e o culto do Santo das Chagas visto que Quixeramobim limita com Canindé não duvidamos que os Franciscanos, já desde 1734, tenham prestado socorro espirituais aos moradores da Ribeira do Canindé.
Pelo que fica exposto  esclarece que a origem tanto da devoção franciscana como do Santuário de Canindé não comporta o exclusivismo de colocar unicamente Francisco Xavier de Medeiros como autor de ambos. Longe pois, de pretendermos desmerecer o louvável trabalho de Medeiros propusemo-nos tão somente salguarda a história canindeenses tal qual a transmitem os documentos coevos da fundação. Respeitamos as lendas enquanto compatíveis com os dados históricos, declinando porém o exclusivismos reprovado pelo parco documentário ainda existente.
Quando ao culto de São Francisco ressaltamos que a difusão do Ceará se deve tanto aos Franciscanos como aos Capuchinhos e aos terceiros franciscanos.

Podemos também asseverar que os fundamentos primitivos de Canindé datam dos meados para o fim do século XVIII, sendo certo que antes de Xavier de Medeiros estabelecer-se aqui, já haviam alguns moradores, sendo o seu primeiro habitante um caboclo chamado Gonçalo, descendente da tribo dos Canindés.
À margem do Rio Canindé e em outros pontos mais centrais haviam fazendas de gado de proprietários ricos que aqui se haviam estabelecido, vindos uns de Jaguaribe e outros de Fortaleza e Monte-Mor o novo d’América, hoje cidade de Baturité, como fossem o Comandante Simão Barbosa Cordeiro, Livro de Óbitos número 1 da paróquia de São Francisco; Registro de óbito de Simão Barbosa Cordeiro: Aos seis de janeiro de mil oitocentos e vinte e seis faleceu hidrópico, tendo recebido todos os sacramentos, Simão Barbosa Cordeiro, branco, de idade de setenta e dois anos, casado com Dona Mariana Francisca de Betancort, moradores nesta Freguesia do Canindé, foi sepultado nesta Matriz de grades para cima, envolto em hábito de Terceiro de S. Francisco e encomendado pelo Padre Manoel Vieira. A para constar, abri este assento e me assino. O Vigário Francisco de Paula Barros.” (Livro de Óbitos n° 1 da Paróquia de São Francisco das Chagas, Arquivo da Arquidiocese de Fortaleza).em São Pedro; Julião Coêlho da Silva, no Longá; Antônio dos Santos Lessa, na Fazenda Campos, tronco da família Santos Lessa. Este último, numas memórias que deixou em manuscrito, assevera que sendo suspensos, no ano de 1792, os trabalhos da Capela por causa da grande seca que então solapou o Ceará, só em 1796 foram eles concluídos definitivamente.
Antônio dos Santos Lessa, n° 1735, no lugar Lessa,Guifões,Matosinhos,Porto,Portugal,filho de João Antônio e de Isabel Antônio.XXVIII Antônio dos Santos Lessa,viveu com Ana de Sá,escrava,que teve uma filha,Maria n° 07.02.1773 batizada a 20.06.1773 na fazenda dos Campos.Antônio dos Santos    Lessa foi sepultado na Igreja de São Francisco de Canindé,Ceará,das Grades para cima.Floriana faleceu em 05.04.1823,sepultada na Igreja de São Francisco do Canindé,das Grades para baixo. Ver descendência em Família Santos Lessa,Francisco de Andrade  Barroso,Ed.Primus,Fortaleza,2002,p.17,23
Filhas: por Floriana de Amorim Vilar.
1.1.1.1.Francisca n°10.09.1779,batizada a 14.11.1779,na Igreja.Matriz de N.Sra.da Palma,Monte-Mor-o-Nôvo d' América,Baturité.Padrinhos, avós maternos,Narcisa Pereira de Moraes e Leão de Amorim de Távora.
1.1.1.2.Isabel n°17.11.1784,batizada pelo Frei José de Santa Clara a 19.05.1785,em desobriga,na fazenda do Retiro,ribeira do Canindé.Padrinhos,Luís Carneiro de Sousa e Isabel Francisca de Jesus,solteiros.